Há tempo para uma mudança sistêmica?

Por John Molyneux via Global Ecosocialist Network.

Leia Marxistas
12 min readMar 29, 2021

Traduzido por Lucas Chagas. Revisado por Rafael Nolibos e Débora Cunha.

O tempo sempre foi um fator importante na política e na história, mas nunca teve tanta importância como na questão das mudanças climáticas.

O alerta do relatório do IPCC em outubro de 2018 de que o mundo tem doze anos para evitar desastres climáticos foi, sem dúvida, um fator importante na galvanização de uma onda global de ativismo pela mudança climática, especialmente sob a forma de Greta Thunberg e greves de estudantes das escolas e o movimento Extinction Rebellion (Rebelião da Extinção). Ao mesmo tempo, é evidente que este aviso poderia ser, e foi, “ouvido” ou interpretado de diferentes maneiras por diferentes pessoas. Neste artigo quero considerar algumas dessas interpretações e as suas implicações, particularmente em relação à questão de se há tempo para provocar mudanças sistêmicas ou se, por o tempo ser tão curto, é necessário concentrar-se e contentar-se com as mudanças que podem ser implementadas na configuração do capitalismo.

Antes disso, porém, quero sugerir que muitos políticos oportunistas teriam ouvido o aviso dos doze anos de forma bastante diferente de Greta e dos seus seguidores. Para eles, doze anos seria de fato muito tempo: três mandatos presidenciais dos EUA, dois mandatos parlamentares completos na Grã-Bretanha e em muitos outros países; em outras palavras, tempo mais do que suficiente para cumprir suas ambições, assegurar seu lugar nos livros de história ou, pelo menos, assegurar sua pensão e várias diretorias, antes que alguma coisa séria tivesse de ser feita. A única implicação prática do aviso dos doze anos seria a necessidade de criar várias comissões, elaborar alguns planos de ação, assistir a algumas conferências e, de modo geral, empenhar-se numa certa quantidade de greenwashing. Se você fosse o CEO de uma grande empresa petrolífera, de gás ou automóveis, exatamente o mesmo se aplicaria.

No extremo oposto do espectro, havia um grande número de pessoas, especialmente jovens, que “ouviram” o aviso no sentido de que faltavam, literalmente, apenas doze anos para prevenir a extinção global.

Estes não são erros de leitura equivalentes: a primeira é absolutamente cínica e imensamente prejudicial tanto para os humanos quanto para a natureza; a segunda é ingênua, mas bem intencionada. Mas ambas são leituras equivocadas do que o relatório diz, e do que é a mudança climática. A mudança climática não é um acontecimento que pode ou não acontecer em 2030 e que pode ser evitado por uma ação de emergência no último minuto, mas um processo que já está em curso. Cada semana, mês ou ano de atraso na redução das emissões de carbono agrava o problema e torna-o mais difícil de enfrentar. Da mesma forma, não há um prazo absoluto após o qual será demasiado tarde para fazer alguma coisa e podemos abandonar esse espantalho.

O relatório do IPCC não se centrava na “extinção”, mas principalmente no que seria necessário para manter o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, e quais seriam os efeitos prováveis de permitir que este atingisse 2°C. O que o relatório afirmava no seu Resumo para os Formuladores de Políticas era, na realidade, o seguinte:

A1. Estima-se que as atividades humanas tenham causado aproximadamente 1,0°C de aquecimento global acima dos níveis pré-industriais, em uma variação provável entre 0,8 °C e 1,2 °C. O aquecimento global deve atingir 1,5 °C entre 2030 e 2052 se continuar a aumentar no ritmo atual. (alta confiança) (Figura SPM.1) {1.2}.

https://www.ipcc.ch/sr15/chapter/spm/

E acrescentou, você pode achar bastante óbvio, que:

B.5. Os riscos climáticos para a saúde, subsistência, segurança alimentar, abastecimento de água, segurança humana e crescimento econômico são projetados para aumentar com o aquecimento global de 1,5°C e aumentar ainda mais com 2°C. (Figura SPM.2) {3.4, 3.5, 5.2, Caixa 3.2, Caixa 3.3, Caixa 3.5, Caixa 3.6, Caixa 6 no Capítulo 3, Caixa 9 no Capítulo 4, Caixa 12 no Capítulo 5, 5.2}.

https://www.ipcc.ch/sr15/chapter/spm/

Não cito estas passagens porque considero o Relatório do IPCC um texto sagrado ou de qualquer forma a última palavra sobre esse assunto. Pelo contrário, parece-me claro que o Relatório foi conservador nas suas previsões — o que não surpreende, uma vez que o seu método exigiu consenso entre milhares de cientistas — e na realidade o aquecimento global e, crucialmente, os seus efeitos estão avançando num ritmo mais rápido do que o esperado pelo IPCC. [Ver John Molyneux, “How fast is the climate changing?” (Quão rápido o clima está mudando?) Climate & Capitalism, 2 de Agosto, 2019. https://climateandcapitalism.com/2019/08/02/how-fast-is-the-climate-changing/]. O meu objetivo, portanto, é mostrar que, de acordo com o IPCC e com qualquer compreensão séria da mudança climática, o que enfrentamos não é a beira de um penhasco sobre o qual todos cairemos em 2030, ou qualquer outra data exatamente previsível, mas um processo de rápida intensificação com efeitos cada vez mais catastróficos. Dentro desse processo haverá muito provavelmente pontos de inflexão em que o ritmo da mudança se acelera muito rapidamente e certas mudanças se tornam irreversíveis, mas ninguém sabe exatamente quando serão e mesmo assim ainda estaremos falando de um processo e não de uma extinção total imediata.

Uma compreensão correta e cientificamente embasada deste processo é vital. Como ativistas, provavelmente não é útil estar envolvido em algum tipo de contagem regressiva — agora só nos restam dez anos, nove anos, oito anos… para salvar o planeta — como se houvesse uma linha de tempo fixa. Nem queremos ser acusados de dar alarme falso se o mundo não acabar. Isso também é importante como base para abordar a questão crucial de saber se há tempo para mudanças no sistema.

O argumento de que não há tempo suficiente para a “mudança sistêmica”, com isso quero dizer a superação do capitalismo, já existe há muito tempo no movimento ambiental, desde muito antes do aviso dos 12 anos. Lembro que foi imposto (e com raiva) a um trotskista bastante infeliz na Campanha Contra a Mudança Climática, quando estive envolvido com ela pela primeira vez lá no início dos anos 2000. “Não há tempo para esperar pela sua revolução”, lhe disseram. Agora, claro, este argumento de que “não há tempo” pode ser usado como um escudo por pessoas que são de fato pró-capitalistas, mas também pode ser usado de boa fé por pessoas que dariam boas vindas à substituição do capitalismo se o considerassem uma possibilidade prática. Como prova disto, cito Alan Thornett, que é um socialista de toda uma vida. No seu livro Facing the Apocalypse: Arguments for Ecosocialism (Encarando o Apocalipse: Argumentos pelo Ecossocialismo), ele escreve:

A solução padrão avançada pela maioria da esquerda radical… é a superação revolucionária do capitalismo global — por implicação dentro dos próximos doze anos, porque é o tempo que temos…

Tal abordagem é maximalista, esquerdista e inútil. Todos nós, como socialistas, podemos votar pela abolição do capitalismo com ambas as mãos, e é esse nosso objetivo a longo prazo. Mas, como resposta ao aquecimento global nos próximos 12 anos, não faz sentido.

Isso leva a uma “lacuna de credibilidade”: embora as catastróficas mudanças climáticas estejam de fato logo ali, o mesmo dificilmente pode ser dito com qualquer credibilidade da revolução socialista global — a não ser que eu não esteja sabendo de algo. Pode não ser impossível, mas é uma perspectiva bastante remota para dar uma resposta ao aquecimento global e às mudanças climáticas…

Dito sem rodeios, se a derrubada do capitalismo global nos 12 anos restantes for a única solução para o aquecimento global e as mudanças climáticas, então não há solução para o aquecimento global e as mudanças climáticas. (Alan Thornett, Facing the Apocalypse: Arguments for Ecosocialism, Resistance Books, 2019 p.95).

Alan, aqui, expressou muito claramente o argumento que eu quero contestar.

A primeira coisa a dizer é que para os socialistas e marxistas sérios (a começar por Marx, Engels e Rosa Luxemburgo) a luta pela revolução não é contraposta à luta por reformas, de forma alguma. Pelo contrário, a revolução é algo que cresce da luta por reivindicações concretas.1 Assim como os marxistas combinam a crença de que a única solução para a exploração é a abolição do sistema assalariado ao apoio à luta sindical, por aumentos salariais e melhores condições de trabalho, também podem lutar por reivindicações imediatas, tais como transportes públicos gratuitos, deixando os combustíveis fósseis no solo e investindo massivamente em energias renováveis, ao mesmo tempo que defendem a revolução ecossocialista. Desta forma, a possibilidade de um capitalismo ecologicamente sustentável é posta à prova na prática.

Mas esta resposta necessária não esgota a questão. Se a revolução é vista como um desenvolvimento muito remoto e improvável para ser colocada como solução, então ativistas climáticos deveriam concentrar praticamente todas as suas energias simplesmente em realizar reformas em vez de discutir e organizar-se para a revolução. Além disso, o foco seria esmagadoramente nas reformas apenas sobre esta questão. Qual seria o objetivo, exceto a moralidade abstrata, de se concentrar em questões tais como os direitos trabalhistas, antirracismo, direitos reprodutivos das mulheres, direitos LGBTQ+, etc., quando a sobrevivência da humanidade está em jogo nos próximos anos? Se, contudo, a estimativa é que o capitalismo se revelará insuficientemente ou nada reformável a este respeito, então é necessário combinar a campanha ecossocialista com o ativismo revolucionário, a propaganda e a organização numa frente mais abrangente, reconhecendo que a revolução exigirá a mobilização em massa dos trabalhadores em numerosas questões e a sua unificação face a numerosas estratégias de divisão e dominação.

Consequentemente, surgem três questões concretas: 1) Qual é a probabilidade de as mudanças climáticas serem interrompidas ou contidas por reformas no capitalismo? 2) Quão ‘remota’ é a possibilidade da revolução socialista? 3) Existem alternativas a esta escolha binária?

Sobre a primeira questão, eu e outros ecossocialistas (nomeadamente John Bellamy Foster, Ian Angus, Michael Löwy, Martin Empson, Amy Leather, etc.) temos argumentado de modo repetido e profundo que a possibilidade de lidar com as mudanças climáticas numa base capitalista é extremamente remota, seja em doze anos, vinte anos ou quarenta anos.2 Não vou mostrar aqui todos os argumentos, mas simplesmente dizer que o capitalismo é um sistema inerente e inexoravelmente conduzido pela acumulação competitiva de capital em rota de colisão com a natureza, e que as indústrias de combustíveis fósseis — petróleo, gás e carvão — desempenham um papel tão central nessa acumulação de capital que não há perspectivas realistas de que o capitalismo possa acabar com a sua dependência dos mesmos.

Quanto à segunda pergunta, admito que se o futuro, digamos os próximos 12 anos, se parecer com o passado imediato, digamos os últimos cinquenta anos, a possibilidade de uma revolução socialista internacional parece de fato muito remota. Mas o próprio fato das mudanças climáticas garante que a próxima década NÃO vai se parecer com o passado. Pelo contrário, precisamente as condições trazidas pelo aquecimento global — calor cada vez mais insuportável, secas, incêndios, tempestades, inundações, etc. — irão transformar o nível de consciência da massa da população sobre a necessidade de acabar com o capitalismo e a possibilidade de revolução. O fato de que o agravamento da crise climática será acompanhado por uma crise ambiental mais ampla (sob múltiplas formas), aprofundamento e recorrência de crise econômica (como é evidente neste momento) e por um aumento da tensão geopolítica e militar internacional (por exemplo, com China e Rússia) irá se somar a tudo isso.

Aqui o fato estabelecido no início deste artigo de que os “doze anos” não são e não podem ser um prazo exato ou final é muito importante. Se, como penso ser extremamente provável, o capitalismo for incapaz de manter o aquecimento a 1,5°C, isto não significará, como Thornett sugere, que o jogo acabou e a luta terminou, mas que todas as condições e desastres acima descritos irão se intensificar e, no processo, aumentar a probabilidade de revolta em massa e de revolução.

Muitas pessoas acham possível imaginar uma revolução num país, mas acham implausível a ideia de uma revolução internacional ou global. Se por revolução internacional se entende uma rebelião simultânea coordenada a nível mundial, isto é extremamente improvável, mas este nunca foi o cenário previsto pelos defensores da revolução internacional. Pelo contrário, o início da revolução num país — Brasil ou Egito, Irlanda ou Itália — poderia e se propagaria a outros países numa longa e contínua série de lutas. Esta é uma perspectiva que é efetivamente reforçada pela experiência das recentes ondas de luta. Primeiro, houve a Primavera Árabe em 2011, que testemunhou uma reação em cadeia de revoltas da Tunísia ao Egito, Líbia, Bahrein e Síria antes de inspirar também revoltas menores, mas ainda significativas, como os Indignados na Espanha e o movimento Occupy nos EUA. Depois houve a onda de rebeliões em massa em todo o mundo em 2019 — os coletes amarelos franceses, Sudão, Haiti, Hong Kong, Argélia, Porto Rico, Chile, Equador, Iraque, Líbano, etc. [ver John Molyneux, “A New Wave of Global Revolt?” (“Uma nova onda de revolta global?”) http://www.rebelnews.ie/2019/11/06/a-new-mass-wave-of-global-revolt/. Além disso, houve a propagação global de greves estudantis nas escolas e, também este ano, mesmo no meio de Covid, o Black Lives Matter. O que isto deixa claro é que, no mundo globalizado de hoje, as revoltas podem espalhar-se internacionalmente com incrível alcance e rapidez. O impacto internacional de uma revolução socialista em qualquer país seria imenso. Isto será ainda maior se houver um elemento forte anti-mudanças climáticas e ecológico na revolução — como haverá — porque quaisquer que sejam os debates sobre o socialismo num país no passado, será perfeitamente claro que nenhuma revolução na África do Sul ou na França, Indonésia ou Chile será capaz de enfrentar as mudanças climáticas enquanto os EUA, China, Rússia e Índia continuarem com seus negócios como de costume. As mudanças climáticas são uma questão internacional como nenhuma outra na história.

Em relação à questão de outras alternativas entre tornar o capitalismo sustentável ou sua superação revolucionária, há duas alternativas que se sugerem a si próprias: há a perspectiva/estratégia de transformar o capitalismo em socialismo por meio da vitória numa eleição parlamentar — o que se poderia chamar de estratégia Corbyn; há a “alternativa” da barbárie fascista/autoritária. A primeira, infelizmente, é ilusória; a segunda, mais infelizmente ainda, é bastante real.

Aquela que chamei de estratégia Corbyn (como a sua mais recente iteração) é de fato muito antiga, remontando pelo menos a Karl Kautsky e ao Partido Social Democrata Alemão antes da Primeira Guerra Mundial, e tem sido sujeita a numerosos testes práticos com consequências desastrosas, seja na própria Alemanha, na Itália durante os Anos Vermelhos, no Chile em 1970–73, ou com Syriza, na Grécia, ou mesmo com Corbyn (exceto que ele não conseguiu alcançar a necessária vitória eleitoral). Superficialmente, esta estratégia parece bem mais prática e plausível do que a revolução, mas na realidade é fundamentalmente imperfeita. A classe dominante capitalista existente não irá, em nenhum país ou internacionalmente, desocupar o palco, ou seja, renunciar ao seu poder, por causa de uma vitória eleitoral socialista. Pelo contrário, irá aplicar todo o seu poder econômico (por meio de greves de investimento, fuga de capitais, movimentações de moeda, etc.), a sua hegemonia social e ideológica, especialmente através dos meios de comunicação e, crucialmente, o seu controle do Estado para derrubar o pretenso governo socialista ou, se necessário, para o destruí-lo.3 Tal sabotagem só poderia ser combatida e superada pela mobilização revolucionária da classe trabalhadora. É por isso que esta opção, apesar de todas as suas intenções progressistas, é uma ilusão; ou se tornará a revolução que foi projetada para tornar desnecessária, ou desaparecerá no ar.

Quando se trata da opção fascista/autoritária, sabemos por amarga experiência, a experiência da Itália, Alemanha, Espanha, Portugal, Chile e outros lugares, que esta é uma possibilidade real, em muitos aspectos o lado oposto da moeda do fracasso da opção reformista. E quando olhamos ao redor do mundo hoje, no sistema capitalista, preso em uma crise multidimensional, podemos ver a crescente polarização política e as forças da extrema direita se reunindo em muitos países diferentes. É um fato sombrio que três grandes países (Estados Unidos, Brasil e Índia) estejam sob o controle da extrema direita, se não totalmente fascista, e que um número significativo de outros sejam governados por regimes altamente autoritários. À medida que a crise climática cresce, e com ela o número de refugiados climáticos, a opção autoritária/fascista parecerá cada vez mais atraente para as classes dominantes em pânico, e para alguns de seus apoiadores de classe média. No longo prazo, o fascismo não deterá o aquecimento global, mas esse fracasso pode estar do lado de um oceano de barbárie.

Voltando à questão de se há tempo para mudanças sistêmicas: ninguém pode prever o futuro com qualquer precisão4, mas, de longe, o cenário mais provável é que a aceleração da crise climática e ambiental intensificará a luta de classes e a polarização política a todos, indistintamente. Este processo aumentará à medida que o mundo se aproximar do limite de 1,5°C e continuará depois que ele for ultrapassado. O movimento terá que lidar não apenas com a forma como evitamos ou paramos as mudanças climáticas, mas também com como lidamos com seus efeitos devastadores: com barbárie ou solidariedade? O capitalismo, em todas as suas formas, se tornará cada vez mais barbárie; somente a mudança do sistema, a substituição do capitalismo pelo socialismo, permitirá uma resposta baseada na classe trabalhadora e na solidariedade humana.

Notas

1 O exemplo mais óbvio é a Revolução Russa, que surgiu das demandas por Pão, Terra e Paz, mas o mesmo se aplica a virtualmente todas as revoluções de massa.

2 Ver, por exemplo, John Molyneux, ‘Apocalypse Now! Climate change, capitalism and revolution ’, Irish Marxist Review 25, 2019. http://www.irishmarxistreview.net/index.php/imr/article/view/341/331 e Martin Empson ed. System Change not Climate Change, Bookmarks, Londres, 2019.

3 Discuto isso em profundidade em ‘Understanding Left Reformism’, Irish Marxist Review 6, 2013. https://www.marxists.org/history/etol/writers/molyneux/2013/06/left-ref.htm e em Lenin for Today, Capítulo 3, Bookmarks, Londres, 2017.

4 “Na realidade, pode-se prever “cientificamente” apenas a luta, mas não os momentos concretos da luta”, Antonio Gramsci, Selections from the Prison Notebooks, London 1971, p.438.

Essa tradução foi possível graças às contribuições feitas pelo Apoia.se. Se você puder e quiser colaborar, o link é apoia.se/leiamarxistas

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